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Dominando o dinheiro

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas (Mateus 6.24).

Verdades Antigas

Com esta série chegamos ao último livro do Antigo Testamento, cujo título carrega também o nome do seu autor – Malaquias, o profeta. Caminhando pelo livro descobrimos o que Malaquias tinha a dizer à nação de Israel, mas não apenas isso, também aprendemos verdades antigas que foram relevantes para aquela época e atravessaram séculos, chegando até nós. Elas permanecem as mesmas e continuam sendo muito importantes para nós nos dias de hoje.

O Roubo

Um dos grandes problemas que Deus teve com a nação de Israel, foi o fato de que o povo permitiu que o dinheiro o dominasse. Infelizmente, a mesma situação também cruzou a linha do tempo se manifestando como uma realidade no presente. As pessoas do tempo do profeta haviam se afastado de Deus e não tinham consciência disso. Observe a proposta misericordiosa que o Senhor fez a elas: “…tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros” (Malaquias 3.7). Naquele momento, o povo deu de ombros e se fez de inocente. Leia comigo a pergunta que fizeram: “Em que havemos de tornar?” A resposta de Deus foi simplesmente chocante, posto que Ele não fala sobre os seus costumes ou métodos, mas fala sobre o dinheiro deles e lhes faz uma acusação: “vós me roubais” (verso 8).

Tudo é de Deus

A resposta do povo veio em forma de pergunta: “Em que te roubamos?” Agora, no entanto, alguém poderia perguntar: Como eles estavam roubando a Deus? Há duas maneiras para alguém roubar o outro. A pessoa pega alguma coisa que não lhe pertence ou conserva com ela alguma coisa que pertence a outra. Ao não entregar o dízimo e as ofertas, a nação estava fazendo as duas coisas. Com isto, fica claro que aquelas pessoas se esqueceram que o dinheiro não era delas. Elas haviam esquecido que todo o dinheiro que tinham era de Deus, e Ele tinha o direito não apenas em parte, mas em tudo. Quando recusaram a entregar seus dízimos e ofertas, estavam roubando a Deus.

Senhor ou Escravo?

Vou transcrever novamente o versículo que iniciei o texto de hoje, já que, o que Jesus afirmou, faz muito sentido aqui: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” Nos tempos do profeta Malaquias, havia um grande número de pessoas que serviam ao dinheiro, em vez do dinheiro servir às pessoas. Elas eram independentes, mas não livres.

Conclusão

Este é um assunto um tanto melindroso em nossos dias, posto que muitos púlpitos fazem uso das verdades deste tema, tratado pela Palavra de Deus, mas para benefícios próprios. O que podemos aprender com o texto de hoje? Um ensino profundo se resume nas palavras “…tornai-vos para mim.” Quem está mais próximo de Deus, quem se volta para Ele, possui em seu coração uma verdade cristalina: Cristo Jesus não é apenas o seu Salvador, mas o seu Senhor e o seu Deus. Se o teu coração estiver n’Ele, Ele será o teu tesouro. O resto, como diz Paulo: “considero como refugo por causa de Cristo, meu Senhor” (Filipenses 3.8). Se assim for, esse fiel cristão não terá dificuldades e nem ficará procurando argumentos para não entregar seus dízimos e ofertas a Deus. Se o Senhor é o nosso maior Tesouro, não teremos problemas em compreender que tudo é d’Ele e que somos apenas mordomos.

Que Deus em Cristo te abençoe imensamente,

Pr. Natanael Gonçalves