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Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que eu saiba conduzir-me à testa deste povo; pois quem poderia julgar a este grande povo? (2 Crônicas 1.10) 

Decisões 

Você já ouviu falar da Oração da Serenidade? Escrita pelo pastor americano Reinhold Niebuhr, na década de 1940, afetou o mundo de então e várias personalidades passaram a citá-la em seus discursos, incluindo ex-presidentes americanos. Traduzida para o português, a oração se expressa assim: 

“Deus, conceda-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar as coisas que eu posso, e a sabedoria para fazer a diferença”. 

Na esteira dessa oração alguém disse que ela precisava de um segundo verso e, assim sendo, ela seria acrescentada: 

“Deus, me dê a vontade de mudar as coisas que posso, a coragem para fazer essas mudanças, e a sabedoria para fazer as mudanças certas”. 

O desafio que enfrentamos todos os dias é o confronto das coisas que podemos mudar, enquanto tomamos decisões corretas a respeito dessas mudanças. Podemos dizer, e penso que há concordância, que a vida se resume em decisões. Alguns exemplos de coisas, sobre as quais você decidiu e, depois, se arrependeu: Gastou dinheiro que você gostaria de nunca ter gasto? Comprou um carro que você gostaria de nunca ter comprado? Fez um investimento que você gostaria de nunca ter feito? Entrou em um relacionamento que você gostaria de ter evitado? A lista não para, mas todos nós podemos olhar para o retrovisor da vida e avaliar onde bancamos decisões boas ou ruins. 

Do ponto de vista de Deus, nossas decisões são sábias ou tolas. Da mesma forma que todo pai e mãe querem treinar seus filhos para que as suas decisões sejam sábias, assim também Deus deseja que os Seus filhos escolham sabiamente. É preciso entender, no entanto, que a decisão mais sábia é usar a sabedoria de Deus para cada decisão. 

O poder da Sabedoria 

Qual foi a decisão mais sábia que você fez este mês? Que tal ontem? Produziu algo positivo, uma experiência excepcional, um relacionamento renovado? Se formos sábios em buscar a sabedoria, precisamos saber o que estamos procurando. A sabedoria nem sempre é inteligência ou conhecimento, e muita gente acaba por fazer confusão entre os dois termos. Conhecimento é saber que o tomate é fruta. A sabedoria é não misturar o tomate a uma salada de frutas. 

Estamos vivendo em um mundo que está nadando em conhecimento, mas com sede de sabedoria. A quantidade de conhecimento que temos ao alcance, nos dias de hoje, é simplesmente fenomenal. Para se ter uma ideia, Augusto Cury afirma que uma criança dos nossos dias, com apenas sete anos de idade, possui mais informação do que o imperador romano possuía. O conhecimento humano está dobrando ano após ano. 

Muitos possuem vasto conhecimento, mas uma grande parcela deles, são classificados como os maiores tolos. Não há bobo maior que um tolo com conhecimento. A sabedoria não é apenas conhecimento intelectual, mas o discernimento de áreas e situações da vida que suplantam o conhecimento, e é aplicada de maneira prática e viva. 

Ao terminar, gostaria que você prestasse atenção no pedido de Salomão no versículo acima. Salomão não pediu a Deus para dar a ele inteligência suficiente para ganhar a vida. Ele pediu a Deus sabedoria para prosseguir na estrada da vida. Deus não lhe dá sabedoria para que você possa mostrar aos outros o quanto você sabe, mas para que você possa mostrar aos outros, como viver. Reflita sobre isso. 

Que Deus te abençoe com sabedoria, se assim você o pedir (Tiago 1:5). 

Pr. Natanael Gonçalves