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O final da história 

Hoje finalizo a história bíblica que comecei a recontar nas duas últimas publicações. Veja bem; depois dos últimos acontecimentos, os israelitas são confrontados e precisam tomar uma decisão. Eles quase exterminaram a tribo de Benjamim e agora decidem que ela precisa ser repovoada (leia o capítulo 21 de Juízes). Para que isto aconteça, precisam dar mulheres aos homens que restaram da tribo de Benjamim. Ocorre, no entanto, que haviam jurado pelo Senhor que não dariam as suas filhas por mulheres àquela tribo (versículo 7). 

O plano 

Fazendo uma verificação entre todas as tribos de Israel para ver se alguma delas não participou da batalha travada contra Benjamim, descobriu-se que ninguém de Jabes-Gileade se envolveu nessa luta (versículos 8-9). Como haviam também jurado pelo Senhor que, quem não se envolvesse na batalha seria morto (versículo 5), então, abriu-se uma janela para punir com morte seus moradores, e pouparem as virgens, as quais eles as dariam aos benjamitas. Eles acharam quatrocentas moças virgens e as deram aos homens de Benjamim. Todavia, como essas não lhes eram suficientes, planejaram com os benjamitas que sequestrassem mais duzentas moças de Siló, forçando-as a se casarem com eles (versículos 18-23). 

O que era reto aos seus olhos 

Ouvi que alguém denominou essa história como “o esgoto das Escrituras”. Provavelmente porque tal pessoa a considera como a mais repugnante e degradante da Bíblia. Não concordo com o termo que essa pessoa usou, mas concordo que esta história é de fato horrível. Não há nenhum personagem admirável, nem tampouco um ato nobre ou heroico. Ao fim, depois do estupro, da morte, da mutilação, dos assassinatos e do genocídio, todos voltam à normalidade da vida. Como se explica isso? Juízes 21.25, esclarece: Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos. 

Os capítulos 19 a 21, nos contam uma das histórias mais horríveis das Escrituras, e, em cada estágio as pessoas estavam fazendo o achavam ser o certo. Para os homens de Gibeá, o estupro era justo. Para o homem que hospedou o levita e também para o próprio levita, o estupro homossexual era impensável, mas o estupro heterossexual era aceitável. Os homens de Benjamim achavam correto defender o que estava errado. Os israelitas acharam que era certo massacrar homens, mulheres e crianças inocentes e sequestrar mulheres e força-las ao casamento. A nenhum deles, jamais lhes ocorreu que estivessem fazendo o que era errado. 

O homem será julgado 

Imagina um homem que não creia em Deus e nem tampouco que Ele exista, mas esse homem vive e desenvolve as virtudes morais. De que adianta isso se não há retorno de espécie alguma? Se não há vida após a morte, que diferença fará se essa pessoa sem Deus, vive como um criminoso ou como um benfeitor? Sem Deus em suas vidas, esses violadores escapam incólumes. Aqueles que são culpados de genocídio se safam, como por exemplo, Hitler. Sem Deus, terroristas militantes, políticos desonestos e religiosos hipócritas se livram. 

O que é correto e o que é errado está fundamentado em Deus, e somente por meio d’Ele é que o mal será punido e bondade e retidão serão recompensados. Em Deus sabemos que a justiça prevalecerá. 

Finalizo afirmando que quando olhamos para Cristo e vivemos por Sua Palavra, não apenas saberemos o que é certo, mas faremos o que é certo aos olhos de Quem realmente importa, ou seja, o Deus cuja bússola é amor. 

Naquele que Se entregou por nós, 

Pr. Natanael Gonçalves