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A Graça de Deus! 

Se aceitarmos que Deus está mais interessado em formar o caráter cristão em nós do que em nossa felicidade, então, certamente, constatamos que a graça de Deus é o ponto alto e não o sofrimento. 

Se você for a uma joalheria para comprar um anel ou outra joia, o vendedor pegará um veludo preto e colocará o objeto do seu desejo sobre ele. Por que ele não o põe em cima de um papel branco? Porque ele deseja chamar a sua atenção para a beleza da peça preciosa. Tomando isso como uma ilustração, Deus é o Joalheiro e este mundo caído é o veludo negro. 

A Bíblia diz que Deus é um Deus de misericórdia, graça e amor. A fim de demonstrar mais de si mesmo, Seus atributos e Sua natureza, Deus criou o nosso mundo, e também criou o homem com a liberdade de decidir se ele vai amá-Lo e obedece-Lo. Depois que o homem escolheu o caminho da desobediência, podemos afirmar que este mundo se tornou como o pano de fundo de veludo preto, contra o qual a beleza da Sua graça, misericórdia e amor podem ser vistos. 

Como poderia um Deus misericordioso mostrar misericórdia em um mundo sem pecado? Como um Deus Consolador poderia confortar um mundo que nunca dói? Como poderia um Deus misericordioso mostrar Sua graça para um mundo que não precisava do Seu perdão e do Seu amor? Deus, todavia, mostra a Sua misericórdia e graça porque este mundo caído, jaz no maligno (1 João 5.19). 

Em contrapartida, mesmo que o mal esteja presente, Deus continua sendo Deus, e o mal não prevalecerá, pois o sofrimento, a tristeza e o pecado são temporários. A partir da eternidade, todos nós compreenderemos totalmente e afirmaremos: “Assim é a graça de Deus e assim é a redenção que produz a cura”. Como diz Paulo em 1 Coríntios 13.12b: “…Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido”. Lá, muito além do sofrimento, da tristeza e do pecado, nós O veremos como Ele é. Talvez, poderemos exclamar: Eu não fazia a menor ideia… 

A Glória de Deus. 

O cristão deve ter em mente que tudo que o que diz ou faz, deve ser feito para a glória de Deus. O Deus que é onisciente e onipotente, criou um mundo que Ele sabia que se rebelaria contra Ele e o mal estaria presente. Portanto, há algo sobre o mal e o sofrimento que pode glorificar a Deus. Observe o que nos diz o Salmo 50.15: invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás. 

Se o valor mais importante da vida é o nosso conforto, o nosso bem-estar, a nossa saúde, e a nossa prosperidade, então, o sofrimento e o mal não fazem sentido. Não obstante, o valor supremo em todo o universo não é nenhuma dessas coisas, mas a glória de Deus. Se você se concentrar no problema do sofrimento, não alcançará a compreensão a respeito da sua própria existência, a qual envolve a glória de Deus. O Senhor não nos chamou para focarmos o problema do sofrimento, pois ele é temporário e pode ser usado para fortalecer a nossa fé e dar glória a Deus.

Então, quando as adversidades e aquelas aflições complicadas chegarem, em vez de perguntarmos “por que”, deveríamos perguntar: “Senhor qual é o Teu propósito nisso?” 

A resposta para quem faz a pergunta correta, sempre envolverá duas coisas: a formação do caráter cristão e o crescimento da fé. Para alguns, a realidade do mal elimina a existência de Deus. Não; pelo contrário, a existência do mal não elimina a possibilidade de Deus, antes, a existência de Deus garante a eliminação do mal. 

Ao terminar, enfatizo: se você está atravessando um tempo de luta e de dor, não permita que esse sofrimento enfraqueça a sua fé, antes que ele a fortaleça. Se o nosso Amado Pai está permitindo isso, você pode confiar que, de alguma forma, esse sofrimento será usado para o seu bem e para a glória de Deus. 

No amor de Cristo Jesus, 

Pr. Natanael Gonçalves