Para ouvir a Publicação, clique no ícone abaixo:
Muitas coisas que ocorrem na vida de uma pessoa, um dia se apresentará de forma diferente. Por exemplo, aquele pai que negligenciou seu filho e o detratou, poderá necessitar dele para cuidados em sua velhice. Aquela pessoa que machucou alguém no curso da vida, poderá necessitar da ajuda de quem ela mesma feriu. Aquele que agiu com injustiça, poderá, em um futuro próximo, estar sob a dependência daquele de quem outrora, foi um algoz injusto.
Se você já vivenciou algo parecido, existe alguém em seus pensamentos? Alguém que seja o foco de sua atenção? Alguém que se põe como seu alvo? Uma parte da história de José nos mostra como ele administrou a situação com os seus irmãos. Sim; ele que foi traído e vendido como escravo por eles. Imagine os gritos de desespero do jovem José. Imagine a dor de deixar a sua casa, seu amado pai, sua terra e ainda por cima, sentir uma profunda agonia pelo modo como foi tratado pelos seus próprios irmãos. Aquele a quem deviam proteger, simplesmente foi vendido como uma mercadoria.
Apesar de tudo, ele não lida com eles tendo em mente a vingança e o mal. Eles precisam aprender uma lição e para isso, devem ser quebrados para que uma limpeza aconteça em seus corações e se prostrem diante de Deus, que a tudo vê.
Então, o processo começa. Ele, que não foi reconhecido pelos irmãos, os acusa de serem espiões e os coloca na prisão. Depois, sob a condição de trazerem seu irmão mais novo, José os liberta e os envia para casa com os alimentos que vieram buscar. Quando voltam com Benjamim, ele lhes dá um banquete, manda os empregados dar-lhes mais grãos, mas se utiliza de uma tática que, apesar da sua bondade, os faz parecer ladrões. Diante de tal situação, seu irmão Judá declara: “Achou Deus a iniquidade de teus servos” (Gênesis 44:16).
Agora chegamos à parte mais emocionante da história e a um dos maiores momentos em todo Antigo Testamento, o clímax de uma história que durou anos para se contar. José deu-se a conhecer a seus irmãos e, em seguida, desmoronou em lágrimas. Seus irmãos ficaram amedrontados e empalidecidos. Muitos, ao ouvirem esta história, rapidamente poderiam dizer que José deveria dar-lhes a paga por tudo que fizeram. Não obstante, ele não tinha em seu coração o desejo da retribuição na mesma moeda, antes, sua atitude para com seus irmãos foi a expressão de amor e de perdão (Gênesis, capítulo 45). Em outras palavras ele estava dizendo a eles: eu amo vocês, eu perdoo vocês, eu aceito vocês.
Finalizando, gostaria de deixar algumas perguntas para você refletir e, ao fim, fazer uma aplicação em sua própria vida: Como José pôde fazer o que fez? Como ele pôde perdoar a seus irmãos? Ele tinha tudo para responder com amargura, mas não o fez. Por que? A próxima publicação envolve essas respostas. Não perca!
No amor de Cristo Jesus,
Pr. Natanael Gonçalves